SÃO PAULO – Para perder o medo de fundos imobiliários, basta comparar os riscos de perda com o do mercado de ações, acredita Tiago Reis, da Suno Research. Ele fez essa análise durante o programa Fundos Imobiliários, da InfoMoneyTV, desta sexta-feira (16).
"Pode olhar para trás e perceber quanto que seria uma perda 'máxima'", diz, analisando o gráfico do benchmark IFIX. "O pior investidor, que comprou na máxima e vendeu na mínima perdeu 30%, o que, em ações, é pior", compara.
Apresentado pelo professor do InfoMoney Educação Arthur Vieira de Moraes, o programa mencionou também a precificação do mercado. Reis analisa que, agora, os fundos estão em um preço justo. “É um produto tão bom que para vender você só precisa falar a verdade”.
"Está bem precificado. Nem muito para baixo nem muito para cima. Acho que outras alternativas estão até caras. Você consegue comprar fundos imobiliários que você vai receber quase o dobro do que você receberia na Renda Fixa" já subtraindo os custos atrelados, diz. "E se a economia vai melhorar, as vendas dos imóveis vão melhorar também", analisa.
Os especialistas ainda destacam que os Fundos Imobiliários são conhecidos como primeiro passo para o investidor em renda variável. Dentro desse universo, existe ainda a possibilidade de comprar papéis com posição também em renda fixa. “É nadar no raso, de boia e de mãos dadas com a sua filha”, diz Reis.
Quanto aos fundos mais atraentes para este momento, o analista fala em seleção minuciosa para fundos de tijolo. Ele cita na entrevista os fundos de recebíveis, os CRIs. “A gente acha que é uma estrutura geralmente de alta segurança, o histórico felizmente ainda é bastante positivo”, elenca. “Não veio muito lixo e você consegue 7%, às vezes 8% sem inflação”, conclui.