SÃO PAULO - O preço dos apartamentos em Manhattan, em Nova York, bateram novo recorde neste mês - mostrando forte recuperação desde que a bolha imobiliária estourou no país. O preço por pé quadrado atingiu US$ 1.363 por lá, cerca de US$ 14.000 se a medida fosse o metro quadrado, um avanço de 15% frente o ano passado.
Entre os apartamentos vendidos, o preço médio foi de US$ 1,77 milhão. O mercado continua aquecido para imóveis de alto padrão, já que Manhattan é tida como uma região de luxo - e talvez, aquecido demais. Embora a média tenha se elevado em 15%, alguns outros tipos de apartamento subiram até 64% - como os apartamentos com três quartos.
A oferta também cresceu bastante, com alta de 19% nos inventários, sendo que a quantidade de imóveis novos cresceu 55%. "O que é diferente nesse boom imobiliário é que estão sendo construídos apartamentos maiores e mais caros. A preocupação é: estamos construindo demais? A demanda existe?", diz Jonathan Miller, presidente da Miller Samuel, uma firma especialista em avaliação, em entrevista ao CNBC.
Mas até agora, a demanda tem aguentado. Os compradores raramente são dos EUA - e sim de Europa, China e Brasil. Mesmo com a redução das compras por russos por causa da recente crise com os americanos não assista o mercado. "A demanda não está mudando. Na verdade, quanto mais incerteza no resto do mundo, maior procura existe por Nova York", diz.
O centro de Manhattan passou a ser a região mais procurada da cidade, com as grandes compras. É o caso da venda de um apartamento na 18th Street por US$ 51 milhões, enquanto o controverso bilionário Rupet Murdoch comprou um outro por US$ 43 milhões na Madison Avenue - as duas maiores vendas da cidade no trimestre passado.