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Publicado na Quarta, 18 de março de 2015, 9h48
Brasil tem metro quadrado mais caro da América do Sul

SÃO PAULO – Recentemente, o aplicativo Weplan divulgou uma pesquisa que mostra que as tarifas de celular paga pelos brasileiros são as mais altas da América Latina. Porém, não é só para se comunicar que os brasileiros sentem mais no bolso.

Um levantamento do portal de venda e aluguel de imóveis Properati revela que o metro quadrado no País também lidera os preços entre as nações da América do Sul.

Na comparação da média dos preços praticados em bairros de mesmo perfil das maiores cidades do continente, Rio de Janeiro e São Paulo são aquelas que cobram mais caro por apartamentos usados. As duas cidades chegam a passar do dobro do preço por metro quadrado praticado em Lima, no Peru.

No comparativo de bairros de classe alta, Ipanema, no Rio de Janeiro, e Vila Nova Conceição, em São Paulo, são os mais caros da lista, com valores que giram em torno de US$ 5.500. Atrás deles está o bairro de Puerto Madero, em Buenos Aires, o mais caro da cidade, com preço médio de US$ 3.900. Confira:

Metro quadrado nos bairros de classe alta
Bairro Local Preço
Fonte: Properati
Ipanema Rio de Janeiro/Brasil US$ 5.769
Vila Nova Conceição São Paulo/Brasil US$ 5.462
Puerto Madero Buenos Aires/Argentina US$ 3.900
Vitacura Santiago/Chile US$ 2.900
Positos Montevidéu/Uruguai US$ 2.600
San Isidro Lima/Peru US$ 2.500

Mesmo na comparação de bairros de classe média, o Brasil se mantém a frente dos preços, com Flamengo, no Rio, e Tatuapé, em São Paulo, no topo da lista. Os preços médios cobrados por metro quadrado nesses bairros são, respectivamente, US$ 3.462 e US$ 2.698.  Veja:

Metro quadrado nos bairros de classe média
Bairro Local Preço
Fonte: Properati
Flamengo Rio de Janeiro/Brasil US$ 3.462
Tatuapé São Paulo/Brasil US$ 2.698
Ñuñua Santiago/Chile US$ 2.230
Parque Batile Montevidéu/Uruguai US$ 2.200
Caballito Buenos Aires/Argentina US$ 2.023
Jesús Maria Lima/Peru US$ 1.600

Na análise dos valores, chama a atenção o caso de Buenos Aires, que apresenta os preços mais baixos quando colocado ao lado dos demais países da região. Isto se explica pelo atual cenário e lógica do mercado de câmbio local, que tem dificultado o acesso à moeda estrangeira.Com a desvalorização do Peso frente ao Dólar, sai mais caro para o argentino desembolsar um imóvel que para um brasileiro, uma vez que o Real está mais valorizado.

O mercado imobiliário brasileiro ainda tem a seu favor o acesso fácil ao crédito. Apesar dos preços mais elevados, o financiamento pode ser feito, em média, em até 30 anos, enquanto na Argentina as possibilidades são mais reduzidas.

Vale lembrar que o levantamento foi realizado antes das oscilações recentes do Dólar, o que pode alterar os valores dos imóveis. Porém, segundo a Properati, isso não modifica a análise de dados.